O que é o GLOGSTER?

O Glogster, é uma plataforma grátis, privada e segura e é uma valiosa ferramenta educacional que pode abordar diversas áreas, incluindo matemática, línguas, ciências, história, arte, fotografia e música, entre outras.

    A potencialidade mais evidente prende-se com o facto de os professores, que usam o site como uma alternativa para a realização de posters tradicionais, criarem uma sala de aula virtual privada através do site www.edu.glogster.com e, em seguida, introduzirem e integrarem dinâmicas multi-sensoriais em atividades de aprendizagem tradicional de texto.

    Os alunos criam "Glogs", feitos com texto, imagens, vídeos, fotografias, gráficos, música e muito mais, para demonstrar os seus conhecimentos e habilidades no tema que foi indicado pelo professor. O Glogster proporciona aos estudantes experiências de aprendizagem divertidas, imaginativas e inovadoras, promovendo a auto-expressão criativa e independente, melhorando o relacionamento aluno/professor e fomentando o trabalho em equipa no âmbito da realização de projetos colaborativos.







Fonte: http://leituradeencantar.blogspot.com.br/2012/06/o-glogster-e-uma-plataforma-gratis.html
           https://www.youtube.com/watch?v=qlCJRq7ISRk

  

  



  




Nos dias 14 e 15/03 desta semana os Coordenadores de NTEs estiveram reunidos na Sala Paulo Freire da SEDUC/RS afim de apontar o plano de ação do ano de 2016 bem como receber as novas orientações da casa. Foram dois dias de bastante trabalho e ajustes no que tange a área das formações pedagógicas e agora com a parceria com a empresa Google e as Escolas de Tempo Integral.
Esperamos fortalecer o trabalho do NTE com o apoio do DP e da Logística da casa.
Vamos lá!!

Parceria com o Google disponibilizará ferramentas digitais para escolas estaduais


Foto da Notícia 


Um Termo de Cooperação firmado nesta segunda-feira pela Secretaria de Estado da Educação e o Google, por meio da Mstech Educação e Tecnologia – parceira da empresa americana – disponibilizará gratuitamente às escolas do Estado ferramentas tecnológicas para o apoio às atividades em sala de aula.  
De acordo com o representante do Google, Rodrigo Pimentel, uma das primeiras ferramentas que estará à disposição dos professores gaúchos é o Google Expeditions, que trabalha com realidade virtual. Usando smartphones e um Google Cardboard - óculos feito de papelão que pode ser adquirido ou fabricado artesanalmente -, os alunos podem participar de um tour virtual por diferentes lugares do mundo.
A primeira escola a receber o Expedictions deverá ser o Colégio Estadual Três Mártires, de Palmeira das Missões. O diretor Marcos Hivan Machado, que participou do lançamento da parceria nesta segunda-feira, conta que os professores já utilizam a Nuvem do Google para armazenar conteúdos programáticos e arquivos administrativos, como notas de avaliações e listas de chamada. O diretor afirma que a nova ferramenta terá função essencial na sala de aula, pois mostrará aos alunos outros lugares e realidades culturais.
“Nossa missão é analisar o status da rede e trazer as melhores ferramentas do Google para auxiliar os governos a resolverem problemas como o interesse dos alunos pelas aulas. No Rio Grande do Sul nossa expectativa é muito grande, tanto pela abertura que tivemos com a Secretaria, quanto pelo interesse que os professores demonstraram”, afirma Rodrigo.
Por meio da Mstech, a empresa americana fornecerá capacitação aos 30 Núcleos de Tecnologia Educacional da Seduc, responsável por auxiliar e treinar os professores nas escolas.
A ideia é iniciar o trabalho em cerca de 300 estabelecimentos, tanto na Capital, quanto no interior do Estado, com foco especial para os 104 que funcionam em tempo integral.
O secretário Vieira da Cunha lembra que a parceria é fruto da viagem que fez aos Estados Unidos, em janeiro deste ano, ao lado de outros secretários de Educação do país.
“Eu tinha certeza que essa viagem renderia bons frutos, pois o roteiro contemplava o Vale do Silício. A convite do governo americano, tivemos a oportunidade de visitar algumas empresas como a Google. Foi quando começamos a falar sobre a possibilidade desta parceria que hoje está se realizando. O que nós queremos na nossa gestão é exatamente procurar caminhos diferentes que possam fazer a atividade dos nossos alunos mais prazerosa e, consequentemente, mais eficiente”, aponta Vieira.
Estados como Amazonas e Paraíba já possuem parceria semelhante. Lá, foram trabalhadas alternativas off-line, ou com pequena necessidade de uso de dados, devido à dificuldade verificada com a velocidade e qualidade do sinal de internet.
“Este não é apenas um problema dos estados brasileiros, mas de toda a América Latina e dos países emergentes”, explica Rodrigo, garantindo que as plataformas podem ser adaptadas e utilizadas nas escolas do interior.
O lançamento da parceria ocorreu no Palácio da Justiça e reuniu os 30 Coordenadores Regionais de Educação do Estado.

Como Criar uma 'Word Cloud' (Nuvem de Palavras) com o Tagxedo?

As nuvens de palavras ('Word clouds' ou 'Tag clouds') são imagens formadas com palavras de várias fontes. Estas palavras podem ser extraídas de uma aula, de um site, poema, história ou mesmo palavras aleatórias de sua escolha. Diferentes imagens podem ser criadas com estas palavras, como um anjo ou a palavra "love" (amor em inglês). A quantidade de vezes que uma única palavra é colocada em um 'word cloud' determinará o tamanho daquela palavra dentro do objeto de sua escolha (i.e., quanto mais vezes uma palavra for mencionada, maior ela será na imagem). Há várias razões para fazer uma word cloud, como por arte, memorização de palavras ou conceitos ou qualquer outro motivo. O divertido é que você pode ser bastante criativo sem precisar dominar qualquer habilidade em especial.

Veja os passos a seguir!!!

Pequeno Tutorial sobre o Tagul


Compartilhando saberes....muito legal!!!


Ferramentas on-line para criar nuvens de palavras

Edgar Costa



Já utilizei por diversas vezes nuvens de palavras na sala de aula. São um detalhe visual que funciona muito bem em algumas atividades. Por exemplo, ao gerar uma nuvem de palavras sobre um determinado texto dá uma visão geral aos alunos dos conceitos e termos com mais destaque nos conteúdos.
Comecei por usar o Wordle, a ferramenta mais popular de gerar nuvens de palavras, mas nos últimos tempos apareceram outros serviços, que permitem iguais ou diferentes resultados que pretendo dar a conhecer com este artigo.

tagul
tagul
Tagul é a minha ferramenta favorita para gerar nuvens de palavras. A principal vantagem está na possibilidade de gerar a nuvem de palavras em cima de formas personalizadas. Mas as funcionalidades não ficam por aqui. É possível criar uma nuvem a partir de um endereço web ou de um texto e ainda eliminar ou adicionar palavras desejadas. A configuração estética da nuvem está cheia de opções: tipo de letra, cores, fundo, forma gráfica, etc.
A utilização deste serviço requer registo de utilizador no site e o plugin do Adobe Flash instalado no computador.

tagcrowd
tagcrowd
TagCrowd é o serviço mais simples desta lista e ao mesmo tempo o que menos opções de personalização tem. Processa as palavras através de um endereço web, de um texto ou do envio de um ficheiro e não existe a possibilidade de escolher a cor ou o layout/forma da nuvem.
No final é possível guardar o resultado em PDF ou efetuar a impressão.

wordsift
wordsift





Wordsift é um serviço desenvolvido pela Universidade de Stanford e permite além de criar uma nuvem de palavras a observação e o estudo de grupos de palavras.
Não é o serviço que recomendo para criar uma nuvem de palavras, no entanto, está aqui uma ferramenta que pode ser muito bem aproveitada pelos professores de português na análise de textos e na criação de didáticas com ferramentas tecnológicas.

wordle
Wordle dispensa apresentação. É provavelmente o serviço de criação de nuvens de palavras mais popular, mas na minha opinião é amplamente ultrapassado ao nível de usabilidade e funcionalidades pelo Tagul.
Este serviço não requer registo para ser utilizado. É desenvolvido em Java e necessita deste software instalado no computador.

Reflexões sobre o Ensinar e o Aprender

“Quando entro numa sala de aula devo estar sendo um ser aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas de meus alunos, a suas inibições; um ser crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa que tenho – a de ensinar e não a de transferir conhecimento.”  Paulo Freire

Tomo as palavras de Paulo Freire para, a partir delas, alinhavar estas breves reflexões sobre as relações entre professor e aluno no contexto cotidiano da sala de aula.

Os altos níveis de fracasso escolar verificados nos diferentes graus de ensino, somados ao desinteresse e à melancolia em relação aos saberes escolares cotidianamente expressos por inúmeros alunos, expressam um profundo estranhamento na base destas relações.

Identificar professor com ensino e aluno com aprendizagem, como costuma acontecer, aponta uma forma de compreender a sala de aula como um espaço assimétrico e vertical, onde o professor desempenha tarefas centrais a partir das quais constitui-se o lugar dos alunos.

Há, nesta perspectiva, um modo autoritário de compreender a escola e a prática pedagógica, que dicotomiza o cenário, produzindo polaridades e separações. A um professor que transmite e classifica, corresponde um aluno que absorve e decora.

Pois bem, (re)significar estes ligares implica reconhecer professor e aluno enquanto parceiros no processo de construir saberes que aproximem curricularmente tanto o que foi produzido pela humanidade nos diferentes campos ao longo da história, quantos os conhecimentos que são gerados no cenário social em que ambos estão envolvidos.

Conferir ao alunos esse lugar de quem já sabe algo quando entra na escola ou quando começa uma nova disciplina, constitui-se condição “sine qua non” para transformar o quadro desalentador mencionado.
Não se trata de confundir as funções: o professor segue sendo quem organiza, promove, articula e, sobretudo, faz as mediações necessárias à concretização cotidiana do projeto educativo no âmbito da sala de aula. Contudo, o faz a partir da escuta, da investigação, do respeito à trajetória social e pessoal do aluno.

Paulo Freire fala de ensinar e não de transferir conhecimento. O ensino pressupõe aprendizagem. Se o aluno não aprende, o estranhamento se explica.
Se o aluno não aprende, o professor há que revisar o caminho que percorre no processo de ensinar.
Nesta perspectiva, podemos pensar em relações(re)inventadas entre professor e aluno, num contexto escolar que de fato eduque, que de fato “escute” o tempo e o espaço em que está circunscrito e que, a ele, dê respostas diferenciadas e qualificadas..
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  5. O PROFESSOR LEITOR E A GESTÃO DO ENSINO DA LEITURA EM TODAS AS ÁREAS DO CONHECIMENTO

FONTE: AQUI

Belíssima leitura, longa, mas belíssima!!!

Sem negar a tradição fundadora de qualquer instituição social, é preciso que nos questionemos profundamente acerca do sentido da escola  para as novas gerações de nossa sociedade, assim como nos questionamos acerca de outros cânones instituidores das formas de ser e de estar no nosso tempo, como a família e as instituições democráticas.

Há muito estamos imersos, atores das cenas pedagógicas que se desenvolvem no dia-a-dia de nossas escolas, em discussões acerca dos problemas “congênitos” de que padece a instituição escolar. Problemas que ganham novos matizes diante das novas exigências e dos novos desafios do presente. Problemas relacionados à distância (aos desentendidos ou mal-entendidos) que existe entre a escola e a família, esta, via de regra, acusada de ausentar-se ou de ignorar as demandas da escola e as necessidades dos alunos. Problemas relacionados à indisciplina, sobretudo por parte dos adolescentes, que, supostamente, não se interessam pelo que a escola ensina. Problemas de não-aprendizagens, ainda denominados de “fracasso escolar”, em relação aos quais os alunos continuam sendo avaliados e categorizados pelo que não têm e não demonstram saber e raramente pelo que já construíram. Problemas em relação ao uso da coerção, da repressão que impede a livre expressão de idéias, comprometendo o futuro da própria democracia e, portanto, a possibilidade de avanço nas formas de convivência social.

As leituras dos problemas da escola ganham por vezes contornos bastante persecutórios: acusam-se professores, pais, alunos, governos como agentes que podem ser individualmente culpabilizados. Há quem pense – e proponha – que novos métodos de ensino ou novos processos avaliativos ou novas disciplinas no currículo escolar ou novos materiais pedagógicos ou a introdução de novas tecnologias de comunicação e informação podem resolver ou, pelo menos, minimizar o mal-estar vivido pela escola.

Considerando que muitas podem ser as leituras e variadas as alternativas, sem dúvida importantes para a renovação do trabalho pedagógico, propomos outra possível leitura que, ao mesmo tempo, caminhe na contramão das culpabilizações e permita-nos uma análise e, portanto, saídas menos pontuais.

Pensando na perspectiva filosófica de Edgar Morin, que nos desafia a ler o mundo sob a forma do holograma, ou seja, buscando na parte o todo e no todo a parte, os problemas que a escola vive, de certo modo, refletem os problemas da contemporaneidade. Sendo a instituição escolar constituída e constituidora do modo moderno de vida, coetânea dos processos de industrialização e urbanização que mudaram a face do mundo ocidental pós século XVIII, podemos afirmar que a crise da escola é a própria crise da modernidade e vice-versa. Por esse motivo, qualquer perspectiva de modificação real da escola passa pela sua ressignificação como instituição social. Passa pela superação da assincronia de tempos, tão bem descrita pelos pedagogos espanhóis quando dizem que a escola é uma instituição do século XIX, com professores formados no século XX e preparando alunos para o século XXI. Sem negar a tradição fundadora de qualquer instituição social, é preciso que nos questionemos profundamente a cerca do sentido da escola para as novas gerações de nossa sociedade, assim como nos questionemos acerca de outros cânones instituidores das formas de ser e de estar no nosso tempo, como a família e as instituições democráticas.

Nessa perspectiva, surgem diferentes iniciativas que buscam redesenhar contornos institucionais da escola, rompendo com a rigidez organizativa de tempos, espaços, campos de conhecimento e com o isolamento que a tem caracterizado desde sua gênese. Tais movimentos, dos quais podem ser emblemáticos a escola nova e a escola construtivista, respectivamente nas primeiras e últimas décadas do século XX, buscaram reformular as práticas pedagógicas desde o interior da escola.

Sem desconsiderar a importância de tais processos, é preciso focalizar movimentos mais amplos que buscam transformar as formas de ser e de atuar da instituição escolar, convertendo a escola em “comunidades de aprendizagem”, ou movimentos que tentam conectar a escola às redes sociais e aos itinerários educativos que estão no seu entorno no espaço urbano da construção da “cidade educadora”.

Tendo origem em experiências norte-americanas e espanholas, na década de 80 do século XX, a proposta decomunidade de aprendizagem implica sair da perspectiva isolada que caracteriza a escola para a construção de uma comunidade na qual,além dos professores e especialistas, os próprios alunos, os pais e os demais membros dacomunidade tomem parte ativa nas decisões e nos projetos que definem, planejam, avaliam, acompanham as trajetórias educativas que os alunos percorrem em seus anos de vida escolar. De forma bastante ampliada, a idéia da cidade cidade educadora, que nasce a partir de uma rede de cidades convertida em associação internacional (Associação Internacional de Cidades Educadoras – AICE) em um congresso na cidade de Barcelona, em 1990, firma-se no pressuposto de que a cidade admita e exerça funções pedagógicas para além de suas tarefas econômicas, sociais e políticas tradicionais. Nessa perspectiva, a escola (e o sistema educacional como um todo)compõe uma “rede” de possibilidades educativas, exercendo sua especificidade e recolocando-se na relação com os outros espaços de educação na cidade.

Nesse sentido, tanto o conceito de comunidade de aprendizagem quanto o de cidade educadora podem ser ampliadores de nossa compreensão de educação (Sancho, 2002), permitindo-nos reinventar a escola no mesmo movimento que busca reinventar a cidade e nela a comunidade como lugares de convivência, de diálogo, de aprendizagens permanentes na perspectiva do aprofundamento da democracia e da afirmação das liberdades.

Tais processos desafiam-nos a mudanças que, embora também metodológicas, são mudanças paradigmáticas que implicam produzir novos esquemas mentais para ler o mundo e criar o que Paulo Freire denominou “inéditos viáveis”. Desse modo, não se colocam como uma nova panacéia, nem como um novo modelo, mas como mudanças possíveis, porém a médio e longo prazos, as quais só podem ser construídas a partir de novos pactos sociais e educativos.

Em primeiro lugar, coloca-se a necessidade de ver a educação para além da escola também na escola, mas não sócomo responsabilidade de professores e especialistas. A educação das novas gerações é responsabilidade de todos os que coabitam no mesmo espaço, mas também, em escala planetária. A partir dessa visão local e global, é necessário, para não dizer urgente, que comecemos o diálogo, para além das instituições escolares, sobre nosso(s) projeto(s) educativo(s). Que olhares diferentes atores sociais (associações de bairros, grupos ecológicos, empresariado, clubes de serviço, sindicatos, partidos políticos, etc.) dirigem às crianças, aos adolescentes e aos jovens em nossa sociedade? Como desobliterar olhares que nos grupos jovens só enxergam ameaças e problemas?

Nesse aspecto, certamente reside uma dificuldade fundamental: não estamos habituados ao diálogo e à aproximação com outros atores da cena social. A AICE propõe como agente mediador desse diálogo o poder público municipal . Para termos uma idéia da abrangência do que na cidade de Barcelona designa-se como Projeto Educativo de Cidade, evoquemos as linhas estratégicas propostas coletivamente em 1998:

 Dimensão Social: aprofundar a dimensão social e comunitária da educação, promovendo um compromisso estável dos agentes sociais em distritos e bairros.
 Igualdade de Oportunidades: desenvolver as ações adequadas para melhorar a igualdade de oportunidades diante das mudanças tecnológicas, econômicas, sociais, culturais e institucionais.
 Formação Profissional: adequar as diversas possibilidades de formação profissional às necessidades do entorno produtivo da região metropolitana.
 Cidadania Ativa: promover uma cidadania ativa, crítica, responsável e aberta à diversidade.
 Sustentabilidade e Qualidade de Vida: formar a cidadania no uso sustentável dos recursos e promover um ecossistema urbano integrado que melhore a qualidade de vida das pessoas.
 Inovação e Conhecimento: capacitar as pessoas para a inovação e a gestão do conhecimento em todos os campos da ciência, da cultura e das tecnologias.
 Qualificação e Sistema Educativo: aproveitar as oportunidades que oferece a Carta Municipal para melhorar aa gestão, o planejamento e a qualificação do sistema educativo.

Assinadas por representantes do poder público, dos sindicatos, das associações de estudantes, da câmara decomércio, de grupos de ecologistas, entre outros, essas linhas estratégicas e seus respectivos desdobramentos expressam o resultado de, no mínimo, um ano de discussões nas quais esses atores sociais dispõem-se a firmar um novo pacto educativo, pensando a cidade em seu conjunto, com ações que envolvem o cruzamento de diferentes instituições, o uso dos espaços urbanos, a disponibilização de tempo para as novas gerações, bem como a afirmação de novos horizontes e compromissos por parte da comunidade especificamente escolar. Assim, todos os que vivem na cidade convertem-se em educadores.
Contudo, para pensar-se a cidade educadora, é necessário – diria até mesmo imprescindível – construir a interlocução mais local, a interlocução com a comunidade, considerando-se que a escola pode ser o agente mediador e desencadeador desse diálogo. Algumas questões podem ser desafiadoras:

 Qual é o grau de identidade do projeto pedagógico da escola com as pessoas que vivem na comunidade? Qual é o diálogo que existe entre comunidade e escola?

 O que a escola conhece da vida da comunidade e de seus espaços de convivência? Quais são os espaços de convivência que existem na comunidade? Que atores sociais estão presentes na comunidade?

 Como os pais e as outras pessoas da comunidade participam da vida da escola? Quando essas pessoas vêm à escola e quando a escola vai à comunidade?

 Nos atuais processos de participação, acontece o diálogo com a exposição e a argumentação explicitadoras de diferentes pontos de vista? Supera-se o formalismo presente em muitas escolas, nas quais os pais apenas ratificam decisões já tomadas pela equipe diretiva?

 Que lugar a escola ocupa no tecido social em que está inserida? A comunidade usa o espaço físico da escola fora do período de aulas? A quadra de esportes, a biblioteca, a sala de informática, o pátio, o laboratório estão à disposição dessa comunidade sem a presença de quem dirige a escola? Ou a escola é fechada no fim da tarde de sexta-feira e só reabre na segunda pela manhã?

É preciso perguntar-se se a escola está inscrita simbolicamente como espaço de acolhida e de pertencimento na vida da comunidade, constituindo-se como um agente legítimo para desencadear esse diálogo. É preciso perguntar-se também em que medida a escola ainda desempenha – e deve desempenhar – a função de socializar os saberes, as experiências, as cosmovisões, os modos de vida produzidos pela humanidade ao longo de sua história, função que a diferencia de outras instituições sociais. Tais indagações podem introduzir-nos em itinerários de reinvenção da escola e de construção tanto da comunidade de aprendizagem quanto da cidade educadora como espaços nos quais o diálogo, a participação e a cooperação do conjunto de atores sociais sejam características permanentes. Recolocar a escola na cena urbana, tirá-la de um certo lugar de invisibilidade, construir condições para que as novas (e também velhas) gerações (re)aprendam a cidade, na cidade e da cidade e (re)aprendam a conviver colocam-se como possibilidades histórica de nos reinventarmos como sociedade. Ressignificar a escola, colocando-a em rede com a comunidade e a cidade, não significa despi-la de uma tarefa que é eminentemente sua em relação às novas gerações.
____________________________________________________________________________
A cidade de Porto Alegre está vinculada à AICE desde 1998
Referências Bibliográficas
  • MOLL, J. Histórias de Vida, histórias de escola: elementos para uma pedagogia da cidade. Petrópolis: Vozes, 2000
  • SANCHO, J.M. A diversidade da escola ou a diversidade da educação? Pátio, ano V nº 20. p 52-55 fev/abr. 2002.



Compartilhando saberes...

Tecnologias digitais e estratégias comunicacionais de surdos: a inclusão digital numa perspectiva bilíngue



A quem possa interessar, segue abaixo um artigo interessantíssimo sobre Inclusão Digital numa perspectiva bilíngue.
Boas descobertas!!!

Resumo


O tema da inclusão digital quase sempre é tomado a partir dos problemas relacionados à apropriação tecnológica. No caso das pessoas com necessidades especiais, além da apropriação, o desenvolvimento tecnológico é focado na ideia de deficiência e tomado como possibilidade para a normatização. O presente artigo problematiza o tema da inclusão digital e das tecnologias assistivas em relação aos tensionamentos que se produzem a partir de uma perspectiva bilíngue. Com base numa pesquisa exploratória com pessoas surdas, são apresentadas algumas estratégias adotadas por surdos que revelam o potencial que as tecnologias da informação e da comunicação possuem para o desenvolvimento da língua portuguesa escrita como segundo idioma. O resultado aponta para a perspectiva bilíngue e das TICs como esquema de transformação capaz de nortear as políticas de inclusão digital orientadas pela potência comunicativa própria do povo surdo.

Palavras-chave


Estratégias comunicacionais. Surdos. Tecnologias digitais. Bilinguismo. Língua de sinais.


Ensinar para o teste não é educar

educação, como processo formativo, está sendo reduzida a aprendizagem nas teses dos reformadores empresariais. Não sabendo como lidar com a educação (uma relação ampla entre educandos e educadores) eles a reduziram a aprendizagem (um resultado do aluno, medido pelo seu desempenho em testes de habilidades e competências). Com esta redução, a noção de qualidade fica igualmente reduzida à pontuação que o aluno obtém. Toda a complexidade e riqueza da ação educativa desaparece e com isso, as soluções mágicas e as receitas, tomam lugar da boa educação. Ela pode ser terceirizada, ou como os liberais gostam de dizer “desestatizada”.
Uma vez eliminada a complexidade do fenômeno educativo, é fácil estabelecer que se a média do aluno sobe, temos boa educação. Igualmente, se ela desce, temos má educação. Essa simplificação é uma ação fundamental para viabilizar a privatização por terceirização de gestão das escolas.
A privatização da educação via transferência de gestão para a iniciativa privada, no modelo escolas charters americano, é uma modalidade de privatização via contrato de gestão. Para evitar chamar de privatização, algo que politicamente não convém, constrói-se uma nova “interpretação” do que é considerado “público”. Entende-se por “pública”, em contraposição a “estatal”, uma escola que seja administrada por uma terceirizada, reservando-se a denominação de escola pública regular, que temos hoje, para a categoria “estatal”.
Para poder “terceirizar” é preciso que se estabeleçam metas e “regulação”. Os privatistas brasileiros consideram que o segredo está na “boa regulação”. Para eles, quando a privatização não vai bem é falha da regulação e não do conceito. Pensam que poderão fazer, no Brasil, uma regulação melhor do que foi feita nos Estados Unidos, Suécia, Chile etc. Eles farão melhor. Será a versão 3.0. É questão de fé ideológica.
É aí que jogam papel relevante duas iniciativas – IDEB e BNC – mencionadas acima. Sem elas, não há “objetividade” na contratação. Uma fixa quanto o IDEB tem que estar ao final do contrato de gestão em um determinado ano, e a outra estabelece o que é obrigatório para a terceirizada ensinar e avaliar em cada ano escolar.
Quando assumem uma rede, as Organizações Sociais contratam seus profissionais para a escola via CLT, sem estabilidade portanto. Alinham o professor, os objetivos de ensino, os conteúdos, os métodos (apostilado) e os testes (com treinos em simulados) e passam a ensinar para obter índices e médias em testes, estreitando o ensino das crianças em duas dimensões: primeiro estreitam a educação restringindo a atenção da escola às disciplinas que caem nos testes e depois, aos conteúdos e habilidades que são incluídos nos itens dos testes, e a tradição de testes anteriores se constitui em uma tradição de exame que orienta o que se ensina. Quem passou por cursinho sabe como funciona.
O que mais entusiasma os gestores do PSDB e outros é que, ao terceirizar, eles fazem um “contrato de índices a serem obtidos” e esperam dormir tranquilos aguardando os resultados. Não correm riscos com a lei de responsabilidade fiscal, pois os gastos com terceirizadas não entram no cômputo desta lei. E nem com a da responsabilidade educacional.
É, no entanto, o maior atestado de incompetência administrativa. Não tendo competência para educar a juventude, resolveram estreitar a educação através de uma BNC conteudista e fixa, e apostar no ensino para o teste. Alinham o conteúdo ao teste, treinam as crianças como se fosse um cursinho preparatório e “batem a meta”. De quebra se apresentam à sociedade como “competentes”, pois aumentaram a média dos índices.
A questão é que aumentar médias em provas restritas em que os alunos respondem fazendo “x”, não é sinônimo de boa educação. É mero treino para o teste.  E ensinar para o teste, não é educar. Quanto mais rapidamente professores, pais, estudantes e gestores se derem conta deste engodo que está sendo vendido pelos políticos ao povo brasileiro, mais rapidamente superaremos esta farsa que se instala na nossa educação – como de resto acontece em vários outros espaços da vida nacional.

Recursos digitais e sua utilização no ensino

Pesquisar Parceria França - Brasil


Um dos objetivos dessa pesquisa foi desenvolver materiais que apresentassem sugestões de recursos digitais e atividades que pudessem auxiliar professores no processo de integração das tecnologias ao ensino.

Compartilhamos, nesse momento, os materiais referentes as disciplinas de Matemática, Ciências, Biologia, Física e Química, os quais estão disponíveis no site da ESPE da Université Aix-Marseille, mais especificamente no link abaixo:

http://espe.univ-amu.fr/fr/content/ressources-numeriques-leur-usage-lenseignement

Essa pesquisa foi desenvolvida com a participação  de professores franceses e brasileiros.  As informações apresentadas sobre cada recurso dependem das informações que foram apresentadas pelos professores, o que explica as diferenças no nível de detalhamento das atividades.

Há recursos que podem ser utilizados em outros níveis e contextos de ensino diferentes dos mencionados.

Os professores podem adaptar as proposições feitas a fim de as integrarem da melhor forma em sua prática pedagógica.

Acessem na íntegra AQUI.