“A formação politécnica pressupõe uma sólida formação geral”

Novas mudanças para o Ensino Médio...compartilharei aqui, o que há de novo na reestruturação curricular.

O professor Doutor Gabriel Grabowski, da Feevale, participou do II Seminário de Formação para aprofundar o debate sobre a reestruturação curricular do Ensino Médio, promovido pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) na manhã desta quarta-feira (30), no Auditório do IPA.

Grabowski afirmou que o debate sobre a reestruturação do Ensino Médio traz de volta a discussão que ocorreu na definição da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), e que está expressa no decreto que separou a Educação Profissional do Ensino Médio. Ele lembrou um documento elaborado por fundações empresariais, que afirma que os problemas do Ensino Médio estão relacionados ao excesso de abstração, e propõe a redução do número de disciplinas e a oferta da mesma disciplina com níveis diferenciados de complexidade para atender “as diferentes clientelas”. “Os críticos da reforma do Ensino Médio são os mesmos que defendem a separação entre Ensino Médio e Educação Profissional, e que estão implantando esta concepção em outros estados”. Para o palestrante, as críticas à reforma do Ensino Médio visam desgastar a educação pública, desgastar o sindicato dos professores (CPERS) e o governo do Estado.

O palestrante explicou que a proposta de reforma do Ensino Médio apresentado pela Seduc, está em consonância com as Diretrizes Nacionais para o Ensino Médio e com a prática desenvolvida nos institutos federais de educação profissional e tecnológica. Ele sugeriu a leitura da 8ª edição da revista da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que apresenta propostas para o Ensino Médio que estão em consonância com a proposta de reforma curricular apresentada pela Seduc.

Para Grabowski, o trabalho tomado como princípio educativo não é educação profissional, não é sinônimo de um diploma de formação profissional, nem retorno à lei 5692, que criou uma profissionalização obrigatória. “A formação politécnica pressupõe uma sólida formação geral, Já a Educação Profissional integrada ao Ensino Médio, onde é implantada adequadamente, gira em torno de quatro anos, quatro anos e meio de duração, Não há, portanto, uma redução da carga horária”, esclareceu.

O professor Grabowski explicou ainda que a proposta de reestruturação curricular do Ensino Médio permite que a escola dialogue com a sua realidade e construa um Projeto Político-Pedagógico que atenda as diferentes juventudes.

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